Este é um artigo retirado do
livro El Científico Curioso, do
neurocientista espanhol Francisco Mora, traduzido por mim do espanhol:
Não há um elixir ou fórmula mágica
capaz de modificar, e muito menos prolongar, a vida de uma maneira clara e
definitiva. Não há verdadeiramente em nossas mãos nada, seja procedimentos
cirúrgicos, vitaminas, hormônios, antioxidantes ou técnica de engenharia
genética, capaz, hoje, de mudar de modo significativo a esperança de vida já
alcançada no século XXI. É certo, sem dúvida, que existem sim aproximações
fisiológicas novas, reveladas pela biologia molecular e pela neurociência,
capazes de modificar o processo de envelhecimento no sentido de fazer com que
este se desenvolva com mais êxito, ou se preferir, de modo mais saudável. Definitivamente, não viver mais, mas sim, melhor,
livres de incapacidades e dependências. Este é um sucesso que foi possível
alcançar neste século, mas que durante muito tempo foi só um sonho. A conquista
da dignidade da velhice de que falava Cícero quando declarou que “a velhice é honrosa
quando não se depende de ninguém”.
Tudo parte da ideia, hoje sólida
e extraída de múltiplas observações, de que o cérebro envelhecido segue
conservando a plasticidade, ou seja, a capacidade de ser moldado, para o bem ou
para o mal, pela interação do indivíduo com o meio físico emocional e social em
que vive. O certo é que o homem envelhecido pode, em muito boa medida, conduzir
seu próprio envelhecimento através de novos estilos de vida apropriados e em
acordo com os nossos, cada vez mais cresce os conhecimentos científicos sobre o
cérebro. Se quiser viver com êxito comece por não fumar, comer uma dieta saudável,
equilibrada, suficiente mas nunca em excesso, e com ela, vigie seu peso,
desafie constantemente seu cérebro aprendendo e memorizando, faça um exercício
físico aeróbico todos os dias (correr ou caminhar). E, acima de tudo, não viva
solitário. Esteja rodeado de familiares, ou ao menos de amigos que potencializem
e deem sentido emocional a sua vida.
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