quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A Revolução dos Livros Digitais


Smartphone Nexus 4
Os livros digitais, ou ebooks, chegaram para ficar e com a chegada da Amazon ao Brasil e a parceria entre a Livraria Cultura e a canadense Kobo, esta realidade chegou também aos brasileiros. Vejo muita gente afirmar que os livros digitais nunca substituirão livro de papel, que seriam melhores por permitir a insubstituível experiência de manusear, cheirar, dobrar, colocar no bolso, enfeitar a estante e outras coisas que você nunca conseguirá com o digital. Sem contar o incômodo para a visão ao ler em uma tela de computador. Mas quem ainda se aferra a estes argumentos está desatualizado quanto às novas tecnologias.
Com o surgimento dos smartphones e tablets a mobilidade, que até então era a principal desvantagem para a leitura de livros digitais, foi praticamente superada. Agora você pode ler milhares de livros em um dispositivo leve, compacto e portátil que você pode levar no seu bolso, menor e mais leve até que um livro. Estes dispositivos estão se tornando tão presentes em nossas vidas que já existem escolas e universidades que substituíram os livros didáticos por arquivos digitais para serem lidos em tablets muitas das vezes fornecidos pela própria instituição.
Tablet Galaxy Tab 2

Ainda restava a questão do incômodo de ler em uma tela de LCD ou LED causado pelo brilho, então vieram as telas e-ink. Esta tecnologia consiste de uma tela que forma imagens através de microcápsulas de tinta, com alta definição e sem brilho. Outra vantagem é o baixíssimo consumo de energia, já que após a formação da imagem não há nenhum consumo. Como exemplo desta tecnologia temos hoje no Brasil o Kindle, da Amazon, e o Kobo, da Livraria Cultura/Kobo. As imagens nestes aparelhos são tão impressionantes que quase destruí meu recém-chegado Kindle com um estilete achando que havia um adesivo colado na tela.
Tablet Ipad
As duas empresas mencionadas chegaram com catálogos de milhões de livros, a maioria em inglês, mas já existem dezenas de milhares de títulos em português e este número tende a aumentar muito com a adesão cada vez maior das editoras brasileiras a este formato. Uma novidade interessante é a possibilidade de salvar seus livros em nuvem e a sincronização entre diversos dispositivos, que permitem a atualização de sua biblioteca virtual, página em que você parou, marcações e anotações entre diversos dispositivos (você pode iniciar a leitura em um smartphone, continuar em um tablet e terminar em um computador por exemplo e os dispositivos indicam onde você parou automaticamente).
eReader Kindle
O maior problema para a adoção do livro digital é psicológica, já que fomos alfabetizados com os livros impressos, crescemos lendo-os e nos afeiçoamos a eles. Não se engane, como seres humanos temos uma tendência inata a fazer as coisas não do jeito mais fácil, eficiente ou rápido, mas sim, da forma que temos feito por toda a nossa vida. Alguém já reparou como os idosos tem dificuldade com as TVs de controle remoto, aparelhos celulares e computadores? Isto acontece não por que as novas gerações são mais inteligentes, mas porque estes dispositivos não faziam parte da realidade das gerações anteriores, ou pior ainda, modificaram a forma como estas faziam as coisas.
eReader Kobo
Acho que os livros impressos ainda continuarão por aí durante muito tempo, mas conforme as novas gerações alfabetizadas em tablets nos substituirem, livros de papel serão uma curiosidade como hoje são os textos em papiros, peles de animais e tabuletas de barro. Talvez esta mudança não seja tão ruim quanto pareça, já que aumentará o acesso a leitura (livros digitais custam bem menos que suas versões impressas) e muitas árvores serão salvas. Apesar de muita relutância adotei o livro digital e descobri que na realidade mais do que os livros, o que amo mesmo é o prazer da leitura, este sim insubstituível.





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