Vista da Terra no ISS HD Earth Viewing Experiment |
No dia 30 de abril de 2014 foram
instaladas 4 câmeras de vídeo na Estação Espacial Internacional, que podem ser
acessadas gratuitamente através de streaming
e possibilitam observar a Terra em tempo real do espaço no ISS HD Earth Viewing Experiment. Esta iniciativa tem o
objetivo de avaliar o desgaste sofrido por equipamentos eletrônicos no ambiente
espacial, além de testar novas tecnologias para gravação de vídeos no espaço
para futuras missões. Você pode ver as imagens ao vivo no website da USTREAM clicando
no link abaixo:
Caso a imagem mostrada seja uma
tela negra, significa que a Estação está no lado escuro da Terra e passando por
uma zona desabitada; se a tela está cinza, está acontecendo uma troca entre as
câmeras. A estação está em uma altitude média de 360 Km e completa uma volta ao
redor do planeta a cada 90 minutos com uma velocidade aproximada de 27.000 Km/h.
Estação Espacial Internacional |
Módulo Zaria |
A Estação Espacial Internacional é
um laboratório orbital que foi construído através da colaboração entre 16
países (incluindo o Brasil!) a um custo de mais de 100 bilhões de dólares. Seus
módulos foram construídos em terra pela Agência Espacial americana (NASA), Agência
Espacial Russa (ROSKOSMOS), Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Espacial
Canadense (CSA/ASC) e Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA); e lançados
ao espaço em foguetes russos e ônibus espaciais americanos.
A primeira missão de montagem foi
em 20 de novembro de 1998 com a ISS
Assembly Mission 1 A/R, quando um foguete russo Proton-K lançou o módulo de controle Zaria, responsável por fornecer energia elétrica através de
baterias e pelo armazenamento de combustível. Em 24 de fevereiro de 2014 – após
treze anos e quarenta lançamentos de foguetes russos e ônibus espaciais
americanos – a ISS Assembly Mission ULF5
realizada pelo ônibus espacial Discovery
instalou os módulos Leonardo e EXPRESS Carrier 4 e finalizou a Estação.
Apesar de sua conclusão oficial em 2011, ainda há projetos para a instalação de
mais módulos e a realização de várias melhorias na estação, que ficaram um
pouco atrasados agora por causa da crise na economia internacional e a redução dos
investimentos no espaço. Com a atual tensão entre a Rússia e os países da União
Europeia e Estados Unidos por causa dos conflitos na Ucrânia, talvez estas
melhorias estarão ainda mais longe no futuro.
Atual configuração da Estação
Espacial Internacional:
Desde o ano 2000 ela é
permanentemente tripulada com um mínimo de dois e um máximo de seis
astronautas, que realizaram milhares de experimentos em áreas diversas como
medicina, engenharia, astronomia, geologia, biologia, eletrônica, entre outras.
Estas pesquisas possibilitaram o desenvolvimento de novas tecnologias que,
segundo especialistas, possibilitaram um retorno estimado de seis vezes o valor
investido na construção da estação. Apesar de todo este sucesso, muitos
criticam a opção pelo projeto da Estação Espacial em detrimento de uma missão
tripulada à Marte ou a construção de novos telescópios orbitais e o
desenvolvimento de mais missões não tripuladas ao Sistema Solar, projetos que
segundo os críticos trariam muito mais retorno científico.
O astronauta brasileiro Marcos Pontes |
O Brasil tinha um acordo com a
NASA desde o ano de 1996 e foi um dos países que assinaram o acordo de
cooperação para a construção da Estação Espacial Internacional, e seria o
responsável pela construção do módulo EXPRESS (clique aqui) e de vários outros equipamentos, em um investimento estimado de 120 milhões de
dólares. Nessa época o Capitão da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes foi o
escolhido para ser o primeiro astronauta brasileiro e realizou treinamento na
NASA para tripular um ônibus espacial, mas o acidente com o Columbia, que matou sete astronautas, atrasou
os planos. Ele foi mandado então para a Rússia, onde treinou pela Agência Espacial
ROSKOSMOS e acabou tripulando uma nave Soyuz
em 2006 na “Missão Centenário”, que comemorou os 100 anos do voo de Santos
Dumont no 14 Bis. Após sucessivos
atrasos na liberação de verbas e no pagamento das empresas desenvolvedoras, e a
opção em ir para o espaço com os russos, o país foi cortado do consórcio em
2007 pela NASA e suas associadas, sem conseguir cumprir com sua parte no
acordo. Hoje a bandeira do Brasil não figura mais entre as dos países membros
do projeto.
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